Tobogãs de gelo, pinturas rupestres e trenzinho elétrico. Da Eslovênia aos Estados Unidos, descubra as cavernas mais fantásticas do mundo.
Preços pesquisados em fevereiro/2011
fonte:Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo
O castelo medieval parece se equilibrar na entrada da caverna que é cartão postal da Eslovênia
As cavernas escondem um mundo misterioso. A cada passo, um encantamento diferente, com formações esculpidas pacientemente ao longo de milhares de anos. Dá até para se sentir como um verdadeiro explorador. No topo de montanhas cobertas por neve ou debaixo do deserto, algumas guardam ainda outras atrações imperdíveis. Conheça algumas delas e inclua no seu próximo roteiro de viagem.
O trenzinho elétrico leva os visitantes ao interior da caverna
À beira de um lago, um paredão rochoso esconde uma caverna extensa de 21 quilômetros. Na boca da gruta, um castelo medieval parece se equilibrar entre as rochas. Para explorar seu interior, um trenzinho elétrico faz a alegria da criançada.
Já um dos salões da caverna tem uma acústica tão boa que se tornou palco para apresentações de música. Milhares de pessoas assistem aos espetáculos, de orquestras sinfônicas a festivais de blues.
Quer mais emoção? Algumas partes da caverna são abertas apenas aos mais experientes, debaixo do Castelo Predjama. Só é possível chegar ali em um bote inflável que navega por um rio bem gelado, na mais completa escuridão.
Endereço: Postojna Cave 6232
Telefone: +386 (0)5 700 01 60
Entrada: O passeio à caverna custa 22 €. A visita ao castelo sai por 9 €. O valor da ida até a caverna debaixo do castelo é de 8 €
Entrada: O passeio à caverna custa 22 €. A visita ao castelo sai por 9 €. O valor da ida até a caverna debaixo do castelo é de 8 €
Horário: A caverna pode ser visitada das 10h às 15h. O passeio debaixo do castelo ocorre de maio a setembro das 11h às 17h
Na maior caverna de gelo do mundo, o vento forma belas esculturas
Não importa se é verão ou inverno, a temperatura dentro das cavernas geladas de Eisriesenwelt é sempre abaixo de zero. Encravadas no cocuruto dos Alpes austríacos, seus 40 quilômetros de extensão fazem dela a maior caverna de gelo do mundo.
Ao chegar, o visitante recebe uma lanterna para iluminar o caminho. Depois de subir uma escadaria de 134 metros, a luz fraca ilumina o labirinto e as estalactites ganham contornos que lembram figuras. Grandes paredões maciços se assemelham a tobogãs. Uma enorme formação maciça impressiona pela altura de 25 metros.
Já o Palácio de Gelo é um enorme salão de 400 metros de profundidade. No verão, o derretimento do gelo produz um novo espetáculo, formando lagoas e cascatas. E o vento gelado que sopra por essas bandas esculpe diferentes formas a cada ano.
Endereço: Eishöhlenstraße 30, A-5450, Werfen
Telefone: +43/(0)6468/5248
Entrada: € 19,00
Horário: Maio a Outubro, das 9 às 15h30
Testes com carbono-14 reveleram que a pintura tem quase 30 mil anos
Essa é uma autêntica caverna pré-histórica. As rochas do interior estão repletas de pinturas rupestres do período paleolítico, a mais antiga produção artística que se tem conhecimento. É possível ver figuras que lembram cavalos, bisões, cervos e mamutes. E também silhuetas de mãos, as chamadas mãos negativas.
Mas o desenho que mais chama a atenção são dois cavalos pintados no teto com pontinhos pretos, rodeados por seis mãos e símbolos que permanecem indecifráveis. Testes com carbono-14 revelaram que foi pintado em torno de 25 mil anos antes de Cristo. Não deixe de ver as pegadas fossilizadas na lama, sobre uma rocha.
Ao lado da caverna, fica um museu com exposição de objetos descobertos durante pesquisas arqueológicas como ferramentas, armas e ornamentos. Repare nas lanças com pontas de chifres e arpões e artefatos de pedra e osso.
Encravada na região dos Pirineus, na cidade de Cabreret, a caverna de Pech Merle é considerada monumento nacional na França e uma das poucas com arte primitiva ainda aberta à visitação.
Endereço: 46330 Cabrerets
Telefone: 05-6531-2705
Entrada: € 8
Horário: 9h30 às 17h
Patrimônio da Unesco, as enormes cavernas ficam no subsolo, em pleno deserto
Em pleno deserto ficam escondidas mais de 80 cavernas, algumas das maiores do mundo. Com boa infraestrutura, dá para percorrer as trilhas sinuosas que são pavimentadas e levam a 250 metros de profundidade. Também é possível pegar uma carona no elevador. Mas não pense que é só moleza: em alguns trechos é preciso rastejar por túneis tortuosos.
As formações esquisitas receberam nomes de acordo com as figuras que lembram. Uma estalagmite comprida, fina e torta ganhou o nome de Dedo da Bruxa. A Rocha Iceberg é um enorme bloco de pedra que deve pesar 100 mil toneladas. A Árvore de Natal é cheia de drapeados de cristais e estalagmites. Mas nada se compara ao Grande Salão, uma câmara subterrânea de 549 metros de extensão e 335 metros de largura – onde cabem 12 campos de futebol e um edifício de 30 andares.
No verão, a cada pôr-do-sol, um redemoinho formado por 400 mil morcegos tinge o céu em direção à caverna. Durante a noite, eles comem toneladas de inseto. Mas não tente conhecer tudo em um só dia. O ingresso dá direito a três dias de visitação às cavernas que são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Endereço: 727 National Parks Higway, Carlsbad
Telefone: (575) 785-2232
Entrada: US$ 6
Horário: 8 às 17h
Milhares de vagalumes brilham na escuridão da caverna
Na escuridão da caverna, milhares de pontinhos luminosos azulados brilham insistentemente, como estelas no céu. Na verdade, são vagalumes da espécie Arachnocampa Luminosa, encontrados apenas no país. Os animais tecem ninhos de seda, que pendem do teto como fiozinhos com aspecto elástico. E a larva brilha para atrair a presa.
O visitante pode ver os animais bem de pertinho, a bordo de um barco que navega silenciosamente pelo rio subterrâneo, a 250 metros de profundidade. Repare no belo reflexo formado pelo teto iluminado na água. E nas formações de estactites e estalagmites.
Já o primeiro nível da caverna costuma ser palco de apresentações musicais graças a sua boa acústica e à pureza do som. Até a famosa soprano neozelandesa Kiri Te Kanawa já cantou ali, na caverna formada há mais de 30 milhões de anos.
Endereço: 39 Waitomo Caves Road
Telefone: +64-7-878-8227
Entrada: 46 dólares neozelandeses (cerca de R$ 60)
Horário: 9 às 17h30
Nem parece que é uma réplica: a pintura do touro de mais de três metros usou os mesmos materiais da pré-história
Não é à toa que a caverna é chamada de Capela Sistina da arte rupestre. Suas paredes são cobertas por cerca de 600 pinturas de bisões, mamutes e cavalos. Os traços dos desenhos pintados há mais de 17 mil anos são tão refinados que deixaram o pintor Pablo Picasso boquiaberto ao visitar o local na década de 40. “Não inventamos nada!”, disse o mestre do cubismo.
Considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, a caverna foi fechada ao público há mais de meio século. A respiração dos visitantes alterava a temperatura e a umidade na caverna, comprometendo as imagens, que poderiam desaparecer em pouco tempo.
Mas fique tranquilo: pertinho dali existe uma réplica perfeita, nos mínimos detalhes: o relevo das galerias, a penumbra do interior e a baixa temperatura – até os mesmos materiais foram usados para recriar as imagens. Estão lá cópias idênticas dos grandes desenhos de touro, que ultrapassam três metros de comprimento. E o guia ainda explica como as mãos eram usadas como moldes para fazer os delicados contornos.
Endereço: 24290 Montignac, Dordogne
Telefone: +33-05-5351-9503
Entrada: 8,80 €
Horário: Em fevereiro e março, de terça a domingo das 10 às 12h30, e das 14 às 17h30 Preços pesquisados em fevereiro/2011
fonte:Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo
