5 pandemias históricas que atingiram o mundo

A notícia mais divulgada  foi o surgimento da gripe suína. Em virtude da proliferação da doença, 
 OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou o alerta de pandemia para o segundo nível mais alto. Entretanto, infelizmente, esta não é a primeira ocorrência da História. O blog Neatorama listou outros casos de pandemia, que dizimaram várias pessoas no mundo.



1. A peste peloponesa
A primeira pandemia da História foi descrita por Tucídides. Em 430 aC, durante a guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, o historiador grego disse que uma grande peste havia dizimado cerca de 30.000 cidadãos de Atenas (aproximadamente um terço de todos os atenienses morreram).

Tucídides descreveu a doença: “Pessoas em boas condições de saúde eram subitamente atacadas por violentas dores de cabeça, vermelhidão e inflamação nos olhos. As partes internas, como a garganta ou língua acabaram sangrando e exalando um odor fora do normal.” Depois disso, vinha tosse, diarréia, espasmos e úlceras cutâneas. Várias pessoas sobreviveram, mas muitas delas sem os dedos, cegos e até sem os órgão genitais.





2. A peste de Antonine

Em 165 dC, o médico grego Galeno descreveu uma antiga pandemia, cujos sintomas vitimaram Marcus Aurelius Antoninus, um dos imperadores romanos. A doença chegou a matar cerca de 5.000 pessoas por dia em Roma.

3. A peste de Justiniano
Em 541-542 dC, uma doença mortal atingiu o Império Bizantino. No auge da infecção, a doença, que ficou conhecida como Peste de Justiniano, matou cerca de 10.000 pessoas em Constantinopla. A doença foi causada pela bactéria Yersinia Pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos. Sem lugares disponíveis para enterrar as vítimas, os corpos eram empilhados em espaços abertos.

Até o fim do surto, quase metade dos habitantes da cidade estavam mortos. Historiadores acreditam que o surto dizimou um quarto da população na região Leste do Mediterrâneo.

Este surto, o primeiro de peste bubônica registrado na história humana, marcou o primeiro de muitos focos de peste.
4. A peste negra
Depois da praga de Justiniano, houve muitos outros casos esporádicos de peste, mas nenhum tão grave como a Peste Negra do século XIV.

Embora ninguém saiba ao certo onde a doença surgiu (inicialmente pensou-se que os comerciantes e soldados a desenvolveram ao longo das rotas comerciais), a Peste Negra parece ter surgido na Europa. Aproximadamente 25 milhões de pessoas, ou um quarto da população, acabaram morrendo.

É interessante notar que a Peste Negra efetivamente veio de três formas: a bubônica, pneumônica e a septicêmica. A primeira, a peste bubônica, foi a mais comum. A doença causa febre alta, mal estar e bubos, que são protuberâncias azuladas na pele. As bactérias invadem a corrente sanguínea, causando a peste septicêmica.

No caso da pneumônica, as bactérias são transmitidas de pessoa a pessoa através da tosse. Caso não sejam tratadas com antibióticos nas primeiras 24 horas, quase 100% das pessoas acabam morrendo em 2 a 4 dias.

A última forma, a septicêmica, ocorre quando as bactérias entram no sangue a partir do sistema linfático ou respiratório. Os pacientes com praga septicêmica desenvolvem gangrenas nos dedos das mãos e pés, deixando a pele negra. Embora rara, esta forma da doença é quase sempre fatal – muitas vezes matando a vítima no mesmo dia em que os sintomas aparecem.



5. A gripe espanhola
Em março de 1918, o vírus influenza acabou espalhando-se por quase todo o mundo, atingindo cerca de 1 bilhão de pessoas. É talvez a mais letal epidemia da história da humanidade, vitimando fatalmente entre 20 e 100 milhões de pessoas.

A Gripe Espanhola na verdade não nasceu na Espanha. O nome surgiu na I Guerra Mundial, porque a Espanha não estava conseguindo evoluir na guerra.


abcs